Aqui você já entra aprendendo, o feminino de sommelier é sommelière, então não estranhe o nome do blog e nem pense que está errado!
Resolvi criar esse blog como uma maneira de dividir informações preciosas com apaixonados pela arte de Bacco. Aqui vocês encontraram alguns textos meus e outros que eu garimpo por ai e julgo itneressantes para dividir com vocês!
Entre. leia, se apaixone e fique a vontade, a casa é sua!

sexta-feira, 31 de outubro de 2025

HALLOWEN : Histórias assombradas no mundo dos vinhos!

 


👻✨ Vinho, terror e paixão: uma noite de Halloween no mundo das lendas

O Halloween sempre me fascina. 🎃 É aquela noite em que o véu entre o real e o imaginário se torna fino como o brilho de uma taça à luz de velas.
É o momento de abrir uma boa garrafa e brindar aos mistérios que o tempo não apagou — porque, afinal, o vinho também guarda seus fantasmas. 🍷


🦉 A coruja branca e o beco do crime

No coração do Vale do Uco, em Mendoza, repousa uma das histórias mais enigmáticas do mundo do vinho: a lenda da Bodega Callejón del Crimen.

Dizem que, há muito tempo, um beco isolado foi palco de uma paixão proibida — e que o desfecho trágico dessa história manchou a terra de sangue e de amor. Desde então, uma coruja branca sobrevoa os vinhedos, guardando o silêncio das almas apaixonadas que ali ficaram. 

Há quem diga que o nome “Callejón del Crimen” nasceu apenas de um episódio policial, de um crime ocorrido nas estradas de Mendoza. Mas eu, como sommelière e eterna romântica das vinhas, prefiro acreditar na versão lendária: a de que o terroir guarda emoções, e que o vinho é a forma mais sublime de eternizar o que a vida e a morte não puderam separar.

Hoje, a Callejón del Crimen é uma das bodegas mais expressivas do Vale do Uco, pertencente ao Grupo Peñaflor — referência em qualidade e tradição na Argentina. Seus vinhos têm alma: são intensos, elegantes e profundos, como as histórias que inspiraram seu nome.
São vinhos que pedem noites de luar e taças compartilhadas sob o feitiço do mistério. 


🌙 O fantasma que colhe uvas ao luar

De Mendoza, seguimos até a Espanha — mais precisamente a Requena, onde outra lenda mistura amor, tragédia e vinho.

Lá viveu Nicolás, jovem enólogo e filho do poderoso Marquês Andrés. Sonhador e rebelde, ele queria produzir seu próprio vinho, mas o pai insistia em vender as uvas. Como se não bastasse o conflito familiar, Nicolás se apaixonou pela filha do prefeito — inimigo político do pai.

Nas noites sem lua, o rapaz vestia uma capa negra para visitar sua amada. À luz do luar, colhia as melhores uvas dos vinhedos e fermentava em segredo o vinho que representava seu espírito livre. 

Mas as lendas nascem do medo — e logo os aldeões começaram a falar de um fantasma que rondava os vinhedos, roubando uvas nas noites claras. Chamaram-no Ladrón de Uvas, depois Ladrón de Lunas

Numa noite de eclipse, Nicolás foi confundido com o tal fantasma e morto pelos homens de seu pai. Dias depois, ao descobrir uma cave subterrânea sob a casa do filho, o Marquês encontrou doze tinas de barro cheias do vinho mais perfeito que já havia provado.
Tomado de arrependimento e emoção, jurou continuar o legado do filho — transformando a dor em arte líquida.

A história ecoa até hoje nas ruas de Requena, e a bodega subterrânea existe de verdade: é a Bodega Honda, no centro histórico da cidade, hoje administrada pela Vinícola Ladrón de Lunas, na Denominação de Origem Utiel-Requena, próxima a Valência.
Um lugar onde o vinho e o mistério dançam à luz da lua — e cada gole parece sussurrar o nome de Nicolás. 


E assim, entre a coruja guardiã da Callejón del Crimen e o fantasma sonhador de Requena, celebro o Halloween com o que mais amo: histórias, vinho e emoção.

Porque, no fundo, cada garrafa também é uma poção encantada — e quem se entrega a ela descobre que o vinho é o feitiço mais doce e profundo que existe. 

Luciana Freire, Sommelière ABS-SP / 2003


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quinta-feira, 14 de agosto de 2025

AINDA FALANDO DE LAS PERDICES: Degustei o Partridge Selección de Barricas Blend 2022

 


Deixe-me te contar como vivi esse vinho… 

Era uma noite fria, dessas que pedem aconchego. Eu e meu marido nos sentamos à mesa, e abri a garrafa do Partridge Selección de Barricas Blend 2022, da Viña Las Perdices, vinícola que tanto admiro em Mendoza, sempre fiel à filosofia de unir tradição, inovação e respeito ao tempo da videira.

Logo na primeira taça, a sala se encheu de aromas. Eu senti imediatamente aquele perfume floral da Malbec, envolto em frutas negras maduras, violetas e um sutil toque de especiarias doces. Com o giro da taça, notas de cacau, tabaco e madeira tostada apareceram, como se cada camada quisesse contar sua própria história.

Na boca, o vinho mostrou toda sua força: encorpado, profundo, com taninos macios e persistência longa. A Petit Verdot trouxe intensidade, nervo e um toque quase misterioso. Já a Ancellotta entregou estrutura, aquele suporte elegante que dá firmeza e promete longevidade.

E foi aí que meu marido, depois de um gole demorado, soltou com aquele sorriso certeiro:
“Esse é um vinho para chamar de senhor!”
E não poderia resumir melhor. Um vinho que impõe respeito, mas ao mesmo tempo se deixa beber com prazer, sedoso e envolvente.

Não é um rótulo qualquer. O Selección de Barricas Blend 2022 pede ocasiões especiais, seja para acompanhar uma carne suculenta no ponto certo, seja para embalar uma noite fria de risadas, histórias e cumplicidade como foi o nosso caso!

Para mim, é um vinho que combina sofisticação e intensidade, sem perder a delicadeza que emociona. Um verdadeiro tesouro da Cordilheira que merece lugar na adega de quem sabe apreciar os detalhes e os encantos do tempo. 

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🍇✨ Se quiser garantir esta e outras maravilhas em sua taça e adega é só me chamar que eu farei uma seleção especial para você!


terça-feira, 15 de julho de 2025

Las Perdices: Onde a tradição ganha asas e a natureza inspira cada gole!

 


Há lugares no mundo do vinho que não são apenas vinícolas — são capítulos vivos de uma história que se entrelaça com o tempo, com a natureza e com os sonhos de uma família. Assim é a Las Perdices, nascida aos pés da imponente Cordilheira dos Andes, em Agrelo, no coração de Mendoza.

Tudo começou em 1950, quando Don Juan Muñoz López, deixando sua Espanha natal, chegou à Argentina movido pelo sonho de cultivar suas próprias vinhas. Em suas andanças pelos vinhedos, era constantemente acompanhado por pequenas aves locais, as perdizes, símbolo de liberdade e delicadeza. Em homenagem a essas companheiras silenciosas, nasceu o nome da vinícola: Las Perdices — uma marca que hoje voa alto no cenário internacional, mas com raízes bem fincadas no solo argentino.

Hoje, é Juan Carlos Muñoz, filho do fundador, quem dá continuidade ao legado da família. Seu olhar combina a sabedoria da tradição com a inovação consciente, respeitando o meio ambiente, cuidando das videiras com mãos e coração, e fazendo da tipicidade das uvas o fio condutor de cada vinho. E é esse cuidado que você sente na taça: vinhos autênticos, que falam da terra, do clima, da alma de Agrelo.


🍷 Partridge: a linha que representa o voo da excelência

Entre os grandes tesouros da vinícola, a linha Partridge é, sem dúvida, uma das mais emblemáticas — e é com muito orgulho que trago essa coleção ao nosso catálogo. Cada vinho Partridge é um convite à elegância, ao equilíbrio e ao prazer de beber bem, com preços justos e qualidade surpreendente.

Partridge Flying Malbec
Com 6 meses de passagem em barricas francesas e americanas, é um vinho jovial, expressivo e versátil. Acompanha maravilhosamente bem massas com molho vermelho, carnes grelhadas e risotos de cogumelos.

🍷 Partridge Reserva Malbec
Estagia 12 meses em carvalho, revelando um Malbec estruturado, com fruta madura, toques de baunilha e especiarias. Ideal para carnes assadas, pratos com molho mais intenso e queijos curados.

🌿 Partridge Gran Reserva Pinot Noir
Uma preciosidade! Com 18 meses em barricas, mostra toda a delicadeza e profundidade que um grande Pinot pode oferecer. Um vinho que emociona — perfeito para momentos de contemplação, jantares especiais ou até com um magret de pato.

🔥 Partridge Gran Reserva Malbec
Também com 18 meses em madeira, é um Malbec poderoso, sedoso e marcante. Para pratos robustos, cordeiro assado ou simplesmente para um brinde ao que há de melhor na vida.


🕊️ Chac Chac: a força da terra com identidade vibrante

A linha Chac Chac, também elaborada por Las Perdices, é uma ode à natureza e à identidade do terroir. Com vinhos expressivos, gastronômicos e com excelente custo-benefício, ela combina muito bem com o dia a dia de quem ama vinho, mas não abre mão da qualidade. O Malbec Chac Chac Reserva, por exemplo, traz fruta intensa, boa estrutura e taninos macios — uma escolha certeira para quem busca prazer e autenticidade.


🍷✨ Minha curadoria para você

Como sommelière, tenho o prazer e a responsabilidade de escolher vinhos que contem histórias, que emocionem e que tragam qualidade real na taça. E a Las Perdices é, sem dúvida, uma das vinícolas que mais me inspiram por sua trajetória, compromisso com a excelência e respeito à terra.

Se você ainda não provou um vinho da Las Perdices, permita-se essa viagem sensorial. E se já conhece, sabe: cada garrafa é como o voo sereno de uma perdiz sobre os vinhedos — leve, elegante e inesquecível. 🕊️

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segunda-feira, 23 de junho de 2025

VINHOS ELABORADOS COM UVA SALGADA? PORQUÊ?

 


O termo "vinho com uva salgada" refere-se a uma técnica onde as uvas são submersas no mar antes da vinificação, resultando em vinhos com notas salinas. Essa prática milenar está sendo resgatada, e vinhos com essa característica são produzidos com um toque de salinidade e sabores intensos. 

Como funciona:
  • As uvas são submersas em cestas de vime por cinco dias, 10 metros abaixo da superfície. Submergir as uvas no mar remove a flor de cera que se desenvolve em suas peles, o que permite secar ao sol mais rapidamente. A secagem das uvas é uma técnica usada para concentrar açúcares e sabores, mas o tempo de secagem mais rápido ajuda a preservar sabores e aromas frescos.
  • A água do mar, com sua salinidade, interage com as uvas, influenciando seu sabor e perfil aromático. 

Características do vinho:
  • Vinhos com uvas salgadas podem apresentar notas de iodo, salmoura, algas e até mesmo ostras, além de frutas tropicais e outros aromas.
  • O sabor salgado é uma característica marcante, que pode equilibrar a doçura natural da uva e proporcionar uma experiência sensorial única. 
  • A influência do clima, especialmente regiões costeiras, também pode contribuir para a sensação salgada no vinho. 

Exemplos de vinhos com essa característica:
  • Um exemplo é o vinho italiano "Nesos", produzido com a técnica de uvas salgadas, que possui notas de iodo, salmoura e algas. 
  • Outros vinhos, mesmo que não utilizem a técnica específica, podem apresentar um leve toque salgado devido à proximidade com o mar ou a influência do clima. 
Harmonização:
  • Vinhos com notas salgadas harmonizam bem com frutos do mar, peixes e pratos com ingredientes que complementem a salinidade, como azeitonas, queijos salgados e até mesmo batatas fritas.
  • A experiência gastronômica pode ser enriquecida ao combinar o vinho com pratos que valorizem suas características únicas. 




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quinta-feira, 29 de maio de 2025

HARMONIZANDO HAMBURGUER E VINHO


Compatibilizar vinho com hambúrguer pode parecer inusitado para alguns, mas é uma combinação cada vez mais explorada — especialmente com hambúrgueres gourmet. A chave é equilibrar a intensidade do vinho com os sabores e a gordura do hambúrguer. Aqui estão algumas orientações práticas:

🍷 Regras Gerais de Harmonização com Hambúrguer:

  1. A gordura da carne pede taninos ou acidez: Hambúrgueres, especialmente de carne bovina, têm bastante gordura. Vinhos tintos com taninos ajudam a "limpar" o paladar.

  2. Molhos intensos = vinhos intensos: Molhos barbecue, cheddar derretido, bacon defumado... tudo isso precisa de um vinho com presença.

  3. Evite vinhos leves demais: Eles podem desaparecer perto de um hambúrguer suculento.


🍔 Combinações por Tipo de Hambúrguer:

1. Hambúrguer Clássico (carne, queijo, alface, tomate, maionese)

  • Vinho: Merlot, Malbec ou Cabernet Sauvignon jovem

  • Por quê: Taninos médios, fruta madura e bom corpo combinam bem com carne vermelha e queijo.


2. Hambúrguer com Queijo e Bacon

  • Vinho: Syrah/Shiraz ou um Zinfandel

  • Por quê: Aromas defumados do vinho casam bem com o bacon, e o corpo do vinho acompanha a intensidade do cheddar.


3. Hambúrguer com Molho Barbecue

  • Vinho: Primitivo (Itália) ou Zinfandel (EUA)

  • Por quê: Vinhos frutados e com toque adocicado equilibram o doce e o defumado do barbecue.


4. Hambúrguer de Frango

  • Vinho: Chardonnay (com madeira) ou Pinot Noir

  • Por quê: O chardonnay combina com o frango grelhado e molhos mais leves; o pinot noir é elegante e versátil.


5. Hambúrguer Vegetariano (grão-de-bico, lentilha, cogumelo, etc.)

  • Vinho: Pinot Noir, Garnacha (Grenache) ou até um rosé seco

  • Por quê: Vinhos mais leves e frutados respeitam a delicadeza dos vegetais e combinam com os temperos.


6. Hambúrguer Picante (jalapeño, pimenta, molhos fortes)

  • Vinho: Lambrusco, Zinfandel, ou espumante brut

  • Por quê: Efervescência e doçura ajudam a equilibrar o ardor da pimenta.


🧠 Dica Final:

Se o hambúrguer for muito carregado de ingredientes (muito queijo, muito molho, bacon, cebola caramelizada, etc.), opte por vinhos mais encorpados e com boa acidez. Evite vinhos muito complexos ou caros — o ideal é algo saboroso, mas descomplicado.


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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Tenute Piccini: Vinhos de tradição e terroir!



Piccini elabora tintos e brancos de muita tipicidade, combinando as mais modernas técnicas de vinificação com toda a tradição das práticas regionais.  Todos os seus vinhos apresentam uma ótima relação de qualidade e preço e já são muitas medalhas, mais de 25, recebidas no International Wine Challenge.
A vinícola tem crescido notavelmente, sendo responsável por cerca de 10% de todos os vinhos Chianti, produzindo mais de 16 milhões de garrafas por ano, distribuindo seus vinhos para mesas em mais de 80 países ao redor do mundo. 

Como tudo começou…

Há mais de um século, no cenário encantador de Chianti Classico, Angiolo Piccini fundou uma pequena vinícola, junto com sua esposa, Maria Teresa Totti. O casal iniciou a produção de Chianti em frascos de palha, contribuindo para um crescimento gradual que estaria por vir. 


Depois de muitos anos, Piccini investiu na compra de 155 hectares no coração do município de Castellina em Chianti, ainda hoje uma das sedes da vinícola. Em 1995, a empresa contava com outros 200 hectares de terra, dos quais 75 eram dedicados a vinhedos, em uma área muito próxima de Siena, no coração da área de produção Chianti Classico. Em 2001, novos investimentos tomaram lugar: Tenuta Moraia, com seus 160 hectares de terra (dos quais 60 eram vinhedos), também entrou nas propriedades de Piccini. Em 2004, as rédeas da empresa passaram para Mario: a dinastia Piccini chegou assim à sua quarta geração. 

Mario Piccini

Mario manteve o DNA da empresa inalterado: amor e respeito pelo passado, com o impulso incessante para o futuro. Mario ampliou ainda mais os horizontes da empresa: Piccini começa a se enraizar fora da Toscana, assumindo um perfil cada vez mais nacional também no nível de produção. Em 2013, a família investiu na Basilicata, adquirindo a fazenda Regio Cantina, que se expandiu por 15 hectares de vinhedos, dedicados exclusivamente à produção de Aglianico del Vulture. Em 2016 foi a vez da Sicília, onde Piccini aperfeiçoou a compra dos vinhedos da Torre Mora, 11 hectares no espetacular cenário da Etna Doc. 

Resumindo, hoje na Toscana, a empresa é dona de Fattoria di Valiano (Chianti Classico), Tenuta Moraia (Maremma), Villa al Cortile (Montalcino) e Geografico (Gaiole em Chianti e San Gimignano); além disso, da Torre Mora em Etna, na Sicília, e Regio Cantina no coração de Aglianico del Vulture, em Basilicata.

E a história não para por aí: sob a orientação especializada de Mario Piccini, uma nova geração está refinando as ferramentas do comércio, pronta para esculpir um novo capítulo de sucesso para Piccini, na Itália e no mundo, e são esses os vinhos que trago agora para vocês! 




FONTE: Onivino



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sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

CONHECENDO UVAS: Bobal

 


A uva Bobal é uma variedade de uva tinta originária da Espanha, especialmente cultivada nas regiões de Valencia, Utiel-Requena e Manchuela. É uma das variedades de uvas mais antigas da Espanha e é conhecida por sua capacidade de produzir vinhos com cor intensa, alta acidez e taninos firmes.

Os vinhos feitos com uvas Bobal costumam ter aromas e sabores de frutas escuras, como cereja e ameixa, além de notas de especiarias e, em alguns casos, um toque terroso ou herbáceo. A Bobal é frequentemente utilizada para produzir vinhos encorpados e estruturados, podendo ser vinificada tanto sozinha (como vinho varietal) quanto em blends com outras variedades.


O vinho rosé de Bobal é uma variante fascinante da tradicional uva Bobal, mais conhecida por seus vinhos tintos encorpados e com boa acidez. No entanto, a versão rosé tem ganhado popularidade devido ao seu perfil mais leve, fresco e frutado, que oferece uma excelente opção para climas mais quentes e combinações gastronômicas mais delicadas.

Esta variedade tem ganhado reconhecimento nos últimos anos devido à sua qualidade e ao potencial de expressar o terroir das regiões onde é cultivada. Além disso, a Bobal é considerada uma uva resistente e adaptável, o que contribui para a sustentabilidade da viticultura nas áreas onde é cultivada.


Aqui estão algumas curiosidades interessantes sobre a uva Bobal:

  1. Origem Antiga: A Bobal é uma das variedades de uva mais antigas da Espanha, com registros históricos que remontam ao século XIV. Sua origem está na região de Valencia, especialmente nas áreas de Utiel-Requena, onde é cultivada até hoje.

  2. Resistência ao Clima Quente: A Bobal é uma uva resistente, especialmente adaptada ao clima quente e seco das regiões vinícolas da Espanha. Isso a torna uma escolha popular para viticultores que enfrentam condições climáticas desafiadoras.

  3. Alta Acidez e Taninos: Os vinhos feitos com Bobal são conhecidos por sua acidez vibrante e taninos firmes, o que proporciona uma boa estrutura e longevidade. Esses vinhos costumam ter um perfil mais robusto e são ideais para envelhecimento.

  4. Cor Intensa: A Bobal é uma uva que tende a produzir vinhos de cor profunda, quase violeta, o que os torna visualmente atraentes. Essa característica a torna uma uva valorizada em blends, pois oferece intensidade de cor e corpo ao vinho.

  5. Perfil Aromático Complexo: Os vinhos de Bobal geralmente apresentam aromas de frutas escuras, como cerejas, ameixas e framboesas. Também podem ter notas herbáceas, florais e especiarias, dependendo da técnica de vinificação utilizada.

  6. Raridade Fora da Espanha: Embora a Bobal seja cultivada em algumas outras regiões do mundo, ela é predominantemente associada à Espanha. Poucos vinhos fora do país utilizam essa uva como variedade principal, tornando-a uma escolha única e distinta para os apreciadores de vinhos.

  7. Aumento da Popularidade: Nos últimos anos, a Bobal tem ganhado popularidade, especialmente entre os produtores de vinho que buscam preservar as variedades autênticas espanholas. A qualidade crescente dos vinhos produzidos com essa uva tem atraído a atenção de sommeliers e críticos internacionais.

Essas são algumas das curiosidades que fazem da uva Bobal uma variedade fascinante e especial no mundo dos vinhos!

A enogastronomia da uva Bobal é rica e variada. Seus vinhos, com alta acidez e taninos estruturados, harmonizam com uma grande diversidade de pratos, principalmente aqueles mais robustos e com sabores intensos. Se você busca explorar novas combinações, a Bobal é uma excelente opção para agradar tanto aos amantes de carne quanto aos que apreciam pratos mediterrâneos e queijos curados.



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segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

CONHECENDO UVAS: Verdejo

 


ORIGEM

Acredita-se que as raízes da uva verdejo estejam diretamente relacionadas à região espanhola de Rueda, um município da província de Valladolid, comunidade autônoma de Castilla y León.

Estima-se que a uva vem sendo cultivada na área há centenas de anos, com registros históricos que remontam ao século 11.

Contudo, há ainda a teoria de que a origem da verdejo ocorreu de fato no continente Africano, e foi levada por meio de migrações cristãs para a Península Ibérica, especificamente para a Espanha, onde se tornou notável na produção de vinhos brancos feitos a partir dessa uva.


CARACTERISTICAS

Como as parreiras estão situadas na região norte da Espanha, o desenvolvimento é influenciado pelo clima moderado da localidade. Adaptadas ao clima seco e continental do local, resistem ao calor intenso do verão e às temperaturas frias do inverno. O solo é do tipo pedregoso.

Ao observar o aspecto visual da fruta, é possível notar que os cachos formados pela junção dos bagos são médios e compactos, ao passo que a casca da uva tem espessura mediana e cor esverdeada e amarelada.

Devido às condições climáticas, os rótulos de verdejo costumam ser frescos e apresentar aromas minerais, de flores brancas e de frutas maduras brancas como limão, pêssego e maçã-verde, além de caráter herbáceo que remete à feno fresco, e média acidez.

Além dos vinhos tranquilos, é possível produzir espumantes a partir da verdejo. Podem apresentar notas cítricas, perlage fina e acidez refrescante. Também é muito comum a verdejo ser utilizada em blends, juntamente com a sauvignon blanc e a viura (macabeo).


HARMONIZAÇÃO

  • Peixes de carne branca
  • Risoto de alho poró
  • Risoto ou pizza de tomate seco e rúcula
  • Risoto de gorgonzola
  • Pastas com molho branco e queijo

FONTE: Blog Diivino



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sábado, 21 de dezembro de 2024

FESTA ENOGASTRONÔMICA



A chegada de dezembro anuncia a chegada de uma época que não deixa ninguém impassível. Época de festas, o fechamento de um ano, o encerramento de mais uma fase da vida. Dezembro é repleto de significados!
Uma das épocas em que mais se consome vinho no Brasil, pois até os cervejeiros se voltam para o vinho visando enobrecer as comemorações, pois pratos presentes nas mesas tanto no Natal quanto no Réveillon exigem a companhia de um bom vinho.
Mas como fazer bonito nas festas de fim de ano realizando a compatibilização perfeita? Esse artigo foi escrito com muito carinho e dedicação para ajuda-lo nessa árdua, mas deliciosa tarefa!
A arte de combinar vinho e comida dá-se o nome de enogastronomia. Enogastronomia nada mais é do que ressaltar as qualidades de um vinho com um prato ou vice-versa.
A regra que manda compatibilizar vinhos tintos com carnes e vinhos brancos com peixes e frutos do mar tem sua lógica, mas comporta também muitas exceções. É mais verdadeira para os tintos que certamente não tem lá muita afinidade com peixes e coisas marinhas, mas os brancos podem muito bem acompanhar carnes seja elas vermelhas ou brancas.
Uma forma fácil de enogastronomia é o que chamamos de “compatibilização étnica”, ou seja combinar um prato típico de uma região com um vinho também típico. Nesse caso temos o exemplo das massas italianas sempre bem acompanhadas de um bom Chianti ou Valpolicella, ou ainda o caso do tradicional cordeiro assado acompanhado de um belo Bordeaux tinto! Mas é logico que existem por trás dessa simplicidade inúmeros fatores que podem exigir um certo conhecimento técnico.
Se no preparo da receita o vinho entrar em quantidades consideráveis ele ditará o que ira a mesa, uma perdiz cozida ao vinho tinto vai pedir a companhia de um tinto, já um “coq au Riesling” ficara melhor acompanhado de um vinho branco!
Para o tradicional leitão assado de final do ano o que precisamos? A carne do leitão é delicada, porém bastante gordurosa isso pede um tinto de corpo médio com boa acidez a exemplos dos vinhos elaborados com Tempranillo, Baga e Merlot. Já o lombo de porco assado sem muitos temperos, normalmente marinado em vinho branco vai pedir a companhia de um branco de alta classe como um Chardonnay barricado do Novo Mundo ou um intenso Gewustraminer ou Viogner!
As entradas ou acepipes, facilmente presentes nas festas de fim de ano podem ser facilmente compatibilizadas sem preocupações com espumante brut, branco ou rosê. O espumante é um vinho extremamente versátil que tem ampla gama de compatibilizações! O mais importante nesse caso é o cuidado com a temperatura, sempre o tenha disponível imerso em um balde de gelo e água!
Os peixes e frutos do mar indiscutivelmente pedem brancos, no máximo podem ser abertas exceções para tintos com poucos taninos como o Pinot Noir. Os crustáceos, lagostas e camarões pedem a companhia de grandes brancos como os de Bordeaux, Borgonhas, excelentes e minerais Riesling ou ainda carnudos Semillon australianos. O bom senso dita a regra de combinação de vinhos brancos com peixes, um delicado linguado pede um branco mais leve, já o gorduroso salmão vai preferir a companhia de um branco mais encorpado ou ate mesmo um tinto leve.
O bacalhau é um caso a parte. Seu sabor que pode variar do delicado ao agressivo e salgado admite a companhia de tintos e brancos. No caso tintos leves ou brancos encorpados, ou a perfeição de um vinho rose que traz a mesa do melhor dos dois vinhos. O vinho verde parece ser a combinação perfeita porem nem sempre possui “corpo” suficiente para enfrentar a força do bacalhau, então cuidado com essa escolha!
Outros pratos simples porém bem tradicionais nessa época do ano:
TENDER: A compatibilização com esse prato é complicada. Pense bem, carne suína defumada, normalmente assada com especiarias e acompanhada de molhos agridoces, mas há salvação se optarmos por um vinho tão exótico quanto a preparação como um Riesling alemão Spätlese ou um Auslese ou um Gewustraminer.
PERU: Acompanha tinto leve como Pinot Noir, Garnacha,, mas a aposta certa seria a compatibilização do prato com um bom rosê. A preparação com molhos agridoces cairia melhor com espumante brut ou um prosecco.

Acho que conseguimos abordar uma ampla gama dos pratos festivos dessa época, no entanto caso ainda reste dúvida me coloco a disposição dos leitores! No mais um excelente final de ano e que 2025 seja um ano repleto de sucesso e realizações em sua vida!


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