Aqui você já entra aprendendo, o feminino de sommelier é sommelière, então não estranhe o nome do blog e nem pense que está errado!
Resolvi criar esse blog como uma maneira de dividir informações preciosas com apaixonados pela arte de Bacco. Aqui vocês encontraram alguns textos meus e outros que eu garimpo por ai e julgo itneressantes para dividir com vocês!
Entre. leia, se apaixone e fique a vontade, a casa é sua!

quinta-feira, 22 de julho de 2021

DEGUSTANDO ITÁLIA: Trisole Nero d' Avola


Nero d' Avola é uma de minhas uvas preferidas, a síntese da perfeição encaixada como poesia em forma  de uva,.... uma uva que resulta em vinhos ricos, sensuais, misteriosos... obscuros.
Sabe aquele vinho que você coloca na taça e não quer que termine nunca? Aquele vinho que te surpreende em aromas a cada instante em taça? Aquele vinho que te preenche a boca com um misto de robustez e delicadeza  que a gente não consegue explicar..... Tudo isso e mais um pouco se traduz em um gole de Nero d' Avola, um vinho que a gente não vai esquecer depois de tomar, e também um vinho que não aceita meio termo: ou ame ou odeie!

Ficha Técnica


Uva
Nero d'Avola (100.00%)
País - Região
Itália - Sicilia
Classificação
Seco
Vinícola
Birgi
Safra
2019
Amadurecimento
8 meses em tanques de aço inox, 4 meses em barris e 3 meses em garrafa
Teor Alcoólico
13.00% ABV
Temperatura de serviço
16 °C
Potencial de guarda
4 anos



Olfativo
Elegante, com notas marcantes de frutas vermelhas e um toque de especiarias.
Visual
Rubi escuro com reflexos violáceos.
Gustativo
Intenso, equilibrado e persistente.


quarta-feira, 21 de julho de 2021

DEGUSTANDO ARGENTINA: Barberis Bonarda

 


Um exemplar bem basico e didática da casta sem passagem em madeira. Aromas frutados, tendendo a fruta vermelha, e um leve picante. Acidez alta e cortante com taninos um pouco rústicos. Com exceção da a acidez um pouco alta (mas totalmente domada com o acompanhamento correto) o conjunto é bem feito e vale a pena a experiência.

ONDE: Wine
QUANTO: R$ 31,90

Ficha Técnica

Uva
Bonarda (100%)
País - Região
Argentina - Mendoza
Classificação
Seco
Vinícola
Bodega Barberis
Safra
2020

Olfativo
Frutas vermelhas acompanhadas por notas de especiarias.
Visual
Rubi intenso.
Gustativo
Entrada delicada, com taninos suaves e boa intensidade.
Teor Alcoólico
13.60% ABV
Temperatura de serviço
15 °C
Potencial de guarda
3 anos

quinta-feira, 15 de julho de 2021

DEGUSTANDO BRASIL: Miolo by Seival Tempranillo 2020




Um Tempranillo que encanta pela pureza e intensidade de aromas, Pura fruta, toda a característica mais pura da casta pode ser apreciada sem nada de madeira.
O novo rótulo ficou lindo! 
Tempranillo é uma uva com excelente adaptação no Brasil. Por ser uma casta de maturação precoce se "salva" das chuvaradas de final de verão que podem prejudicar muito o resultado final.
Miolo by Seival é uma linha com duas castas (uma tinta e uma branca) com excelente adaptação ao terroir da Campanha Central. São vinhos honestos e despretensiosos, fáceis de tomar que exaltam a pureza e as características principais de cada uva.
No olfato se apresenta com muita fruta negra madura que evoluem para leves toques de compota. 
Na boca se apresenta um vinho leve de taninos macios, media acidez e que se unem em resultado harmônico e muito agradável.


SAFRA 2020
Fabricante
Miolo Wine Group
Local de produção
Candiota-RS (Brasil)
Composição
100% Tempranillo
Graduação alcoólica
12,5%

AS 13 MARAVILHAS DA ALEMANHA

 A Alemanha tem uma vitivinicultura singular e seus  vinhedos remontam a era romana. Hoje a Alemanha ocupa o 10º lugar na produção mundial de vinhos e possui 13 regiões vinícolas. Vamos conhecer um pouco de cada uma delas?


01- RHEINHESSEN

Maior região vinícola alemã, Rheinhessen fica no oeste do país e se estende por 26 mil hectares, no triângulo entre as cidades de Mainz, Bingen e Worms. A tradição se iniciou no século VIII, e atualmente apenas cinco dos 136 municípios da região não produzem vinho. Rheinhessen é, por exemplo, a terra dos brancos riesling e Müller-Thurgau e a tinta Dornfelder.



02 – RHEIGAU


Há seis diferentes regiões vitivinícolas ao longo do Rio Reno, entre elas Rheingau, conhecida pelo riesling, que ocupa quase 80% de suas terras, e o spätburgunder (ou pinot noir). Tudo começou no mosteiro de Eberbach, fundado por monges cistercienses da Borgonha, que trouxeram a arte da vitivinicultura para a região compreendida entre Hochheim e Lorch.

Rheingau possui encostas íngremes e temperaturas um pouco mais quentes, produzem vinhos poderosos e resistentes, com sabores de frutas maduras destacados por profunda mineralidade.


03 – MITTELRHEIN


A partir da cidade de Bingen, onde o Reno desenha uma curva mais pronunciada, começa o Vale do Médio Reno (Mittelrhein). Aí o leito do rio fica mais estreito e penetra no espetacular Maciço Renano. A viticultura define a paisagem, com vinhedos em terraço que se estendem até as portas de Bonn. Em 2002, a região foi declarada Patrimônio Mundial pela Unesco.


04 – PFALTZ


Uma região vinícola dos superlativos. O maior festival de vinho e o maior barril do mundo se encontram em Bad Dürkheim. E a primeira rota vinícola da Alemanha, a Deutsche Weinstrasse, atravessa o Palatinado (Pfalz). Seus 85 quilômetros interligam 130 vinícolas entre Bockenheim e Schweigen, na fronteira com a França. Todos os anos, a Rainha do Vinho alemã é eleita aqui, em Neustadt.

É uma das regiões mais quentes, com grande diversidade de solos, microclimas e castas. Seus vinhos têm sabores ricos e exóticos, incluindo baunilha, frutas cítricas, frutas tropicais e gengibre. Riesling é apenas uma das uvas cultivadas com sucesso, mas há também Gewürztraminer, Weissburgunder e Spätburgunder.


05 – FRANKEN


A garrafa abaulada, conhecida como "bocksbeutel" (saco de bode), é marca registrada do vinho da Francônia (Franken). Mas jovens vinicultores locais também tomam a direção contrária, deixando de lado todos os floreios românticos e apresentando seu produto em modernas vinotecas. Nessa região no centro-sul da Alemanha produz-se vinho há mais de 1.200 anos. A principal uva da região é a Müller-Thurgau.


06 – MOSEL


Uma questão de ângulo: com 380 metros de altura e uma inclinação de até 68 graus, o Calmont é o vinhedo mais íngreme da Europa. A região vinícola de Mosel, às margens dos rios Mosela, Saar e Ruwer, é a mais antiga da Alemanha. Graças aos romanos, que levaram a vitinicultura para lá 2 mil anos atrás. O riesling feito na região é considerado um dos melhores da Alemanha. O solo de ardósia é a força motriz, criando vinhos leves com acidez penetrante e potencial de envelhecimento.


07 – BADEN

Banhada pelo sol, a terceira maior vinícola do país segue pelo Reno desde o Lago de Constança, no sul, até a cidade de Mannheim. Baden é a região mais quente do país. Por isso, suas uvas alcançam a pontuação mais alta na escala Oechsle, que mede a concentração alcoólica natural. A área é a principal fornecedora no país da casta spätburgunder (pinot noir).


08 – WURTTEMBERG


Nessa região vinícola com centros em Stuttgart e Heilbronn, o vinho é uma espécie de bebida nacional: Württemberg ostenta o dobro do consumo per capita frente ao restante da Alemanha. No festival anual de enologia Stuttgarter Weindorf, uma das especialidades é o tinto trollinger que gera um vinho leve, de cor vermelho-claro e com aromas florais com um toque de noz-moscada. Deve ser servido jovem.


09 – AHR


Com apenas 560 hectares, a escarpada região vinícola do Vale do Ahr é uma das menores do país. Sua rota do vinho tinto se estende por 35 quilômetros ao longo do rio Ahr, de Bad Bodendorf a Altenahr. Para quem decide percorrê-la na época da vindima, não faltam incentivos ao longo do caminho, como as provas de vinhos e os "winzervesper" – jantares oferecidos após cada jornada da colheita.


10 – SAALE-UNSTRUT


A área vinícola mais setentrional da Alemanha acompanha os rios Saale e Unstrut, e vai até os 51 graus de latitude, o limite natural para a vinicultura. Graduações Oechsle como na ensolarada Baden são impensáveis: os vinhos regionais apresentam-se bem secos, as safras são modestas. Ainda assim, os vinicultores aprenderam a extrair o máximo da natureza, com resultados excelentes e grande demanda.


11- SACHSEN


Como Saale-Unstrut, a região vinícola da Saxônia (Sachsen) fica no antigo território da Alemanha comunista, e ganhou novo impulso com a Reunificação, em 1990. Uma de suas especialidades são espumantes como o da adega Schloss Wackerbarth, a segunda mais antiga do gênero no país. Em meados de agosto, dezenas de produtores da região abrem suas adegas e vinhedos para provas e visitas.


12 – NAHE


A região do rio Nahe fica entre o Mosela e o Reno. De porte modesto, seus cerca de 4 mil hectares produzem castas como a riesling, silvaner e Müller-Thurgau. Para conhecer a área, duas boas opções são a idílica Rota Vinícola do Nahe ou a ciclovia regional. Já os amigos das caminhadas longas têm como opção a belíssima Rota do Reno-Nahe, com 100 quilômetros de extensão.


13 – HESSISCHE BERGSTRASSE


Ao norte de Heidelberg passa a Rota das Montanhas de Hesse (Hessische Bergstrasse). Uma particularidade dessa região vinícola é comportar, em seus meros 452 hectares, 233 tipos de solo diferentes. Consequentemente, os vinhos se distinguem de um local para outro. Nenhuma dessas raridades chega ao comércio, sendo todas vendidas e consumidas localmente

TINTOS NO SANCERRE?

 


Localizada ao leste no Vale do Loire, Sancerre, é uma das regiões vinícolas mais antigas da França, famosa por seus Sauvignon Blancs.

Localizada ao leste no Vale do Loire, Sancerre, é uma das regiões vinícolas mais antigas da França. Apesar de ser famosa pela produção de vinhos Sauvignon Blanc, uma outra variedade de uva vem ganhando destaque em suas produções: a deliciosa Pinot Noir.





A parte leste do Loire fica a cerca de 483 quilômetros de Muscadet e da costa do Atlântico, e a metade dessa distância da “cidade luz”, Paris. A região é famosa pelos seus vinhos brancos secos e, assim como o seu vizinho Pouilly-Fumé, a maior parte é feito com a variedade Sauvignon Blanc. Sancerre, famosa pelos excelentes queijos artesanais de cabra, celebra o casamento perfeito entre seu queijo mais gorduroso e a acidez de seu vinho.



Embora a palavra Sancerre remeta à vinhos brancos, a região também produz maravilhosos vinhos tintos e rosés. Os tintos correspondem a 20% da produção total e, tanto eles quanto os rosés, são feitos com Pinot Noir e Gamay. No caso de vinhos tintos, a uva dominante é a Pinot Noir, responsável pela produção de vinhos mais aromáticos e delicados. Além disso, tem o poder de agradar à todos – do nobre ao plebeu. E, quando o assunto é nobreza, a uva pode se gabar, já que a rainha da Inglaterra, Elizabeth II, serviu em seu almoço de comemoração de bodas, um rótulo da região de Sancerre exatamente com a variedade Pinot Noir.


Dois dos mais famosos vinhos do Loire – Sancerre e Pouilly-Fumé – estão entre os mais flexíveis no quesito harmonização, sendo uma boa pedida com saladas de frango, salmão grelhada e pratos mais gordurosos. A razão, sem dúvida, é pela sua alta acidez. Secos ou refrescantes, possuem acidez nítida e firme que combinam bem com estilos gastronômicos distintos. De fato, a região oferece excelentes opções para quem deseja experimentar novos sabores e ter o prazer de brindar com um legítimo vinho do Vale do Loire.


Por Sonoma Brasil