Aqui você já entra aprendendo, o feminino de sommelier é sommelière, então não estranhe o nome do blog e nem pense que está errado!
Resolvi criar esse blog como uma maneira de dividir informações preciosas com apaixonados pela arte de Bacco. Aqui vocês encontraram alguns textos meus e outros que eu garimpo por ai e julgo itneressantes para dividir com vocês!
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quinta-feira, 6 de outubro de 2011

DEGUSTAÇÃO NA KMM

Ontem fomos a uma degustação muito interessante. Convidados pelo nosso amigo Maurício Miguel, tivemos a oportunidade de provar vinhos interessantíssimos da Importadora KMM.
Foram cerca de 25 rótulos colocados na degustação.
Entre os brancos impressionou o Sul-africano Namaqua Sauvignon Blanc com riqueza de aromas e boca exuberante e fresca e também o australiano Richland Sauvignon Blanc, com toques herbáceos mescladas a notas minerais muito interessantes.
Depois passamos ao rosês, um rótulo apenas, o autraliano Oxford Cabernet Sauvignon. Impressionou pelo frescor, afinal era um vinho da safra de 2006.
Entre os tintos, vários deles me encantaram:
ALPACA Shiraz/Cabernet: Excelente custo beneficio vindo do Chile
NUDO Cabernet sauvignon: Foi um dos vinhos que mais me impressionou! Segue ficha técnica e notas do produtor:
HISTÓRICO: A vinícola La Ronciere foi criada em 1949 e há 3 gerações a família Orueta, vinda da Espanha no início do século passado, dedica-se a alcançar a perfeição de seus produtos. Seu nome origina-se da palavra francesa ‘Ronce’, interpretada como ‘arbusto espinhoso’, típico dos campos desta região. São 200 hectares plantados no Valle de Rapel, a 80 km ao sul de Santiago, compreendendo as zonas de Cachapoal - com seus declives perfeitos para a exposição ao sol, e Colchagua - reconhecida pela pureza de seu ar. O excepcional clima mediterrâneo da região, a amplitude térmica, a composição de seu solo e sua disposição para uma excelente irrigação permitem à La Ronciere obter o melhor de cada uma das variedades cultivadas, todas colhidas por mãos habilidosas. Este vinho ganhou medalha de ouro no Catad’Or Hyatt 2007 e prata no Mundus Vini 2008, na Alemanha.
NOTAS DE DEGUSTAÇÃO: Profundo vermelho-rubi com reflexos de cor púrpura. Ao nariz percebe-se elegantes notas de tabaco, chocolate e baunilha. Vinho pleno, com grande intensidade aromática, redondo, equilibrado e com camadas complexas de aromas e sabores frutados. Taninos firmes e macios. Estagiou por 18 meses em carvalhos francês, americano e húngaro, os quais adicionaram notas de café, caramelo e chocolate. Complementado por um final frutado e prolongado.

Na sequência degustamos 02 australianos excelentes: Dow Onder Shiraz, um daqueles vinhos perfeitos em cor, aroma sabor e preço baixo; Thee Steps Cabernet sauvignon, um aroma fantástico e boca super equilibrada e macia aliado a excelente preço! Agora, um dos vinhos que verdadeiramente mais impressionou, não só á mim, como a todos os que lá estavam (álias quem me apresentou esse vinho foi meu amigo Álvaro Cesar Galvão) foi o excelente e inesquecível CALABRIA, um vinho diferente de tudo o que já tomei, inebriante, macio, perfumado, sexy.... A casta é raríssima, a francesa Saint Macaire. Seguem as informações detalhadas do vinho em questão, que em breve com certeza estará disponível na VIEIRA VINHOS

REGIÃO: Riverina (Nova Gales do Sul)
TIPO: Vinho Tinto, 100% Saint Macaire
ÁLCOOL: 14,0%

HISTÓRICO: Apesar de ser portador de uma rara alergia causada pelos ácidos no vinho que o impede de engolir esta bebida, a visão e determinação de Bill Calabria colocam-no no topo da lista dos produtores que elevaram enormemente a qualidade dos vinhos elaborados em Riverina nos últimos anos. Estabelecida em 1945 por seus pais, imigrantes italianos, em Griffith, no coração de Riverina, Westend produz cerca de cinco milhões de litros por ano. Riverina é a segunda maior região produtora da Austrália e de lá saem 70% dos vinhos do Estado de Nova Gales do Sul, sendo famosa por seus vinhos de sobremesa estilo Sauternes.
Saint Macaire é uma variedade tão rara que dificilmente encontra-se menção em livros especializados. Leva o nome de um charmoso vilarejo francês de Bordeaux, mas hoje se encontra extinta na região. Westend, em apenas dois hectares, é uma das únicas vinícolas no mundo a produzir, de forma comercial, esta cepa. A safra de 2004 recebeu 90 pontos de James Halliday e Blue Gold Medal - 2005 Sydney International Top 100. A safra de 2006 ganhou medalha de prata no Perth Royal Wine Show e bronze no Royal Hobart International Wine Show 2007.
NOTAS DE DEGUSTAÇÃO: Intensa e profunda cor vermelho com halo violáceo. Mostra aroma fragrante de violetas, pétalas de rosas e especiarias, que são atributos únicos da variedade Saint Macaire. Vinho encorpado que exibe fruta madura e especiarias, além de boa integração com o carvalho. O paladar é macio, com acabamento cálido e grande persistência, além de taninos refinados. Estagiou por doze meses em carvalho francês. Acompanha tapas, queijo Cheddar vintage, carnes de caça com ervas frescas, especialmente tomilho, sálvia e alecrim.
ENVELHECIMENTO: Pronto para ser degustado, mas tem potencial para ser adegado por dez anos.
Um vinho sem dúvida inesquecível.
E em relação ao evento, eu que nem era fã dos australianos agora sou uma das primeiras e levantar a bandeira para o vinho da terra dos cangurus!

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