Uma nova safra se
iniciou, nova oportunidade para consagração da vitivinicultura
brasileira, e ao que tudo indica teremos uma safra em que os vinhos
ícones de muitias vinícolas encontrarão condições perfeitas
para serem poeticamente elaborados.
Depois
de registrar a maior colheita da história do Rio Grande do Sul, com
753 milhões de quilos de uva em 2017, antecedida pela quebra de
safra recorde em 2016, com perda de 57%, a vindima 2018 deverá ficar
dentro das expectativas e segundo o que ouvi de uma colega produtora
de uvas, tanto viníferas, como não viníferas, reclamar da
qualidade nesta safra é até pecado!
As
condições climáticas e o manejo adequado realizado ao longo dos
meses estão proporcionando às uvas boa qualidade e níveis altos de
graduação de açúcar, o que deverá resultar, novamente, em ótimos
vinhos, espumantes e sucos de uvas com altíssima qualidade!
As
variedades precoces tiveram a colheita adiantada, iniciando já na
segunda quinzena de dezembro pois por conta do pouco frio feito no
inverno a brotação começou antes, porém, as noites mais frias no
mês de dezembro fizeram com que as variedades tardias estejam
maturando no período considerado normal. A previsão é de um volume
20% menor do que no ano passado porém uma qualidade maior.
A
Emater/RS também projeta uma safra dentro da média dos últimos
anos. “Contabilizando todas as uvas, independente do destino, e
incluindo o consumo in
natura,
acreditamos que devam ser colhidas cerca de 750 mil toneladas da
fruta em todo o Estado. Se mensurássemos apenas as uvas para
processamento, destinadas a elaboração de vinhos, espumantes e
sucos de uva, acreditamos que este número passará para,
aproximadamente, 600 mil toneladas”, prevê Enio Ângelo
Todeschini, engenheiro agrônomo e assistente técnico regional de
fruticultura da Emater. “Se o clima continuar assim para
viticultura é muito bom, pois diminui o risco de doenças e melhora
a maturação da uva. Por enquanto, a qualidade está excelente. ”,
completa.
As
variedades Bordô, Niágara, Violeta, Concord, Pinot Noir e
Chardonnay, por exemplo, foram as primeiras a serem colhidas no
Estado. Entre dezembro e janeiro, as vinícolas estão recebendo
também as Merlot, Riesling Itálico e Glera (Prosecco), e em
fevereiro e março serão a vez das Cabernet Souvignon e Franc,
Tannat, Moscato Branco, Isabel e Trebbiano. Diante disso é quase
certo que a safra de 2018 termine precocemente como começou e
tudo aponta para uma safra de excelente qualidade!
Os
números das últimas safras gaúchas*
Ano
|
Volume
(milhões de quilos)
|
2011
|
709,6
|
2012
|
696,9
|
2013
|
611,3
|
2014
|
606,1
|
2015
|
702,9
|
2016
|
300,3
|
2017
|
753,2
|
Fonte: Ibravin
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