Ontem provamos um vinho que nós agradou muito: GRANJA AMARELEJA um D.O.C. Alentejo.
Este vinho encantou pelo inusitado corte das castas Moreto, Aragônes e Trincadeira, pois dificilmente vemos a Moreto como protagonista em vinho.
A casta Moreto é autóctone da região, quase extinta, porem preservada e enaltecida pela Adega Granja Amareleja, vinícola que produz vinhos e azeites na região há mais de 60 anos.
Esta diferente casta é característica da zona do Alentejo, sendo bastante cultivada nas zonas de Reguengos, Redondo e Granja-Amareleja. A Moreto foi introduzida na região, por volta do século XIX, quando se assistiu a um grande desenvolvimento da vitivultura no Alentejo.
Videira centenária da casta Moreto
A moreto apresenta cachos de tamanho pequeno e bagos de tamanho médio e arredondados.
É uma casta bastante produtiva e de maturação tardia e que aprecia climas bem quentes.
Os vinhos produzidos com a casta Moreto são normalmente pouco encorpados e apresentam pouca cor, por isso é utilizada em vinhos de corte, no caso do vinhos que provamos ela protagoniza junto a Aragonez e a Trincadeira, o que resultou em um vinho muito bem equilibrado tanto em nariz como em boca.
Isso demonstra que mesmo castas não tão usuais podem dar resultado fantásticos quando combinadas com outras.
No vinho tudo é equilíbrio e complemento. No caso desse vinho especifico essa máxima se exemplificou perfeitamente.