Aqui você já entra aprendendo, o feminino de sommelier é sommelière, então não estranhe o nome do blog e nem pense que está errado!
Resolvi criar esse blog como uma maneira de dividir informações preciosas com apaixonados pela arte de Bacco. Aqui vocês encontraram alguns textos meus e outros que eu garimpo por ai e julgo itneressantes para dividir com vocês!
Entre. leia, se apaixone e fique a vontade, a casa é sua!

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

MENCIA LUNA BEBERIBE BIERZO 2013



Esse vinho veio acompanhar costeletas de porco assadas lentamente em celofane.
Um vinho com excelentes aromas de frutas vermelhas frescas e cor intensa, viva e brilhante, boa acidez que foi completamente domada pela gordura da carne. Na boca é bem complexo e tem media permanência.
Um vinho que tem excelente custo beneficio, paguei pouco mais de R$ 40,00 na Wine.



FICHA TÉCNICA DO PRODUTOR



89
PONTOS
ROBERT PARKER





    Vinícola
    • Bodegas Luna Beberide
Composição
  • Uva
    Mencia (100%)
  • Teor Alcoólico
    13.5%
  • Estimativa de Guarda
    6 anos
  • Amadurecimento
    Em tanques de aço inox
Terroir
  • País
    Espanha
  • Região
    Bierzo
  • Vinícola
    Bodegas Luna Beberide
Sommelier Wine
  • Visual
    Rubi com reflexo violáceo.
  • Olfativo
    Frutas negras como framboesa e cassis, pimenta preta, especiarias asiáticas e nuance mineral.
  • Gustativo
    Exuberante, frutado, com maturação completa e agradável frescor.
  • Harmonização
    Stinco suíno com molho e legumes, chop suey de frango, antepastos de chorizo, queijos maduros, risoto de gouda com presunto cru e tapas espanholas.
Serviço
  • Temperatura de Serviço
    15 °C
  • Estimativa de Guarda
    6 anos

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

UM BRINDE A PRIMAVERA!


Quero homenagear a chegada da primavera falando de um vinho que é a cara dessa estação: O vinho rosê!
Há duas décadas atras, este vinho foi sucesso no Brasil. Era sinônimo de elegância e requinte, principalmente para as mulheres. E já nesta época, sofreu seu primeiro preconceito: passou a ser visto como um vinho apenas para mulheres. Era tão sutil e tão leve que quase não guardava o sabor do vinho, bebida que era então considerada para homens. Até quem não gostasse de vinho poderia tomar um rosê. Essas bebidas eram originárias principalmente da Europa, mais precisamente França, Portugal (quem nunca tomou o famoso Mateus Rosê?) e Espanha. O segundo preconceito, atrelado ao rosê é o fato de ter a fama de ser um vinho que dava dor de cabeça.
Por sua delicadeza o rosé viaja mal, pois não conta com a força dos taninos para se manter a salvo das intempéries. Para agüentar a viagem e para conservar-se melhor ao longo de tempo, é necessário uma dosagem um pouco mais alta de SO2, ou seja, enxofre, que é adicionado em quase todos os vinhos como conservante. E é isso que pode, em algumas pessoas mais sensíveis, provocar certo mal estar, por essa razão algumas pessoas queixam-se de dores de cabeça ao ingerirem vinhos brancos e rosês, pois estes vinhos por serem mais delicados, necessitam de doses mais altas desse conservante.
Hoje em dia, com o advento de técnicas cada vez mais avançadas de vinificação, o consumo de rosês voltou a moda e sem o preconceito de outrora. Hoje os rosês são vinhos de altíssima qualidade, apresentam os aromas dos tintos de forma mais sutil, como frutas vermelhas, groselha, alguns florais como a violeta. Na boca, tem o frescor de um branco, com acidez marcante, às vezes com um pouquinho de gás residual da fermentação, o que lhes confere mais jovialidade e são excelentes como curingas, pois podem acompanhar uma infinidade de pratos que os tintos e os brancos não poderiam fazer par perfeito. Um caso típico é a tradicional paella valenciana.
Os rosés caracterizam-se por sua cor rosada, intermediária entre os tintos e os brancos. Esta cor pode variar de um rosa alaranjado tipo casca de cebola e salmão, passando por um cereja a clarete. Isso depende muitos das uvas e das técnicas de fermentação. Ele é resultante da fermentação do suco ou mosto extraído das uvas tintas com a finalidade de se atribuir um leve toque rosado de cor e sabor levemente tânico à bebida. O vinho rosé propriamente dito é elaborado a partir de uva tinta e não por meio de corte de vinho branco com vinho tinto.
Normalmente, os vinhos rosés são vinificados pelo método de maceração curta, ou seja, vinifica-se como os vinhos tintos, partindo-se de uvas tintas, deixando-se o mosto em contato com as uvas por um período mais curto de tempo – três a 24 horas – , dependendo da tonalidade de cor desejada pelo produtor. Logo depois macerada, a uva é prensada e o mosto é decantado. A partir desse momento, ocorre o início da fermentação alcoólica e o processo de elaboração do vinho rosé segue idêntico a elaboração clássica dos brancos: o líquido vai para uma cuba de aço inoxidável, onde se obtém aromas frutados e frescos, ou a decisão do enólogo pode ser a de estagiar o líquido em barricas de carvalho. Raros são os vinhos rosês com passagem em barricas, pois a intenção do rosê é extravasar toda a intensidade de fruta da casta, e isso algumas vezes se perde com o estágio em barricas.
Mas o que nos interessa mesmo é o sabor! Brindar a primavera da melhor e mais bela maneira possível, com um rose homenageando as flores que brotam em cada canto! O rose tem o sabor da primavera, é colorido, fresco, agradável, bonito e despretensioso! Escolha seu estilo em tons de rosa, prefere espumante ou vinho tranqüilo? Sempre haverá um rosê na medida para seu paladar!


Minhas sugestões:

Valmarino Espumante Rose Brut (Brasil)
Salton Series Brut Rosê (Brasil)
Casa Pedrucci Espumante rose ( Brasil)
Suzana Balbo Malbec Rosê (Argentina)
Santa Digna Estelado Brut País(Chile)
Vin Mousseaux Veuve D'Argent Rose Brut (França)